sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Medidas economicas para veiculos importados

Imposto maior para carro importado começa a valer

O governo anunciou na quinta-feira a elevação do IPI (Imposto sobre Produto Industrializado) para veículos importados ou que não atendam a novos requisitos de conteúdo nacional. A medida vale a partir de hoje.

As empresas, no entanto, terão dois meses para provar que atendem às novas regras. Nesse prazo, o imposto continua nos níveis atuais, mesmo para as importadoras.

A mudança pode representar reajuste de 25% a 28% nos preços para o consumidor que comprar um carro que tenha menos de 65% de componentes fabricadas no país.

Serão afetados automóveis, caminhões, caminhonetes e veículos comerciais leves. Deve encarecer, principalmente, carros chineses, coreanos e de luxo.

O IPI sobe 30 pontos percentuais. Atualmente, o tributo varia de 7% a 25%, dependendo da potência e do tipo de combustível. Agora, ficará entre 37% e 55%.

Para as montadoras que cumprirem a nacionalização exigida, não haverá mudança do imposto.

Além do percentual de componentes nacionais, as montadoras precisam fazer investimentos e deverão realizar no Brasil pelo menos 6 de 11 etapas de produção definidas pelo governo. Entre elas, fabricação de motores e montagem de chassis.

A estimativa do Ministério da Fazenda é que entre 12 e 15 montadoras não devem ter alta de imposto, principalmente as que estão há muito tempo no país.

Como o Brasil tem acordo automotivo com a Argentina e o México, componentes desses países não serão considerados como importados. Por isso, o governo estima que cerca de metade dos veículos importados terá aumento de imposto e preço.

A medida vigora até dezembro de 2012 e faz parte do plano Brasil Maior, anunciado no mês passado pela presidente Dilma Rousseff.

"EXPORTAR EMPREGOS"

O ministro Guido Mantega (Fazenda) afirmou que a decisão vai ajudar a eliminar o excesso de estoque das montadoras no Brasil. Segundo ele, com a crise internacional, fabricantes de outros países estão em busca do mercado brasileiro, um dos poucos que continuam aquecidos.

"Corremos o risco de exportar empregos para outros países", afirmou o ministro, que se reuniu antes do anúncio com representantes de montadoras, importadoras de carros e trabalhadores.

Durante a apresentação da medida, o presidente da Abeiva (associação dos importadores de veículos), José Luiz Gandini, tentou protestar, mas foi interrompido por Mantega.

Mais tarde, afirmou a jornalistas que não há justificativa para uma atitude tão "radical", pois as importações representam somente 6% das vendas no país.

O presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), Cledorvino Belini, comemorou. "Os estoques em pouco tempo se normalizarão", afirmou.

Para Corrado Capellano, consultor da Creating Value, o governo federal deveria criar mecanismos para incentivar a produção nacional sem barrar os caros de fora. Segundo ele, o caminho escolhido é o mais fácil, mas não o mais efetivo.

Governo sobe imposto de carros importados para estimular venda interna

Brasil está sofrendo "assédio" da indústria global de carros, diz Mantega
O governo anunciou aumento de 30 pontos percentuais no IPI (Imposto de Produtos Industrializados) de carros, caminhões e motos com a intenção de atingir principalmente veículos importados e favorecer a venda de produtos nacionais.

O IPI de carros de 1.000 cilindradas, por exemplo, passa de 7% para 37%. No caso de carros de 1.000 a 2.000 cilindradas, o imposto sobe de 11% (carros flex) para 41% e de 13% (carros a gasolina) para 43%.

Governo muda IPI para estimular venda de carros nacionais

O aumento vale a partir desta sexta-feira (16) até 31 de dezembro de 2012. As montadoras terão 60 dias para mostrar se preenchem os requisitos para se livrar do aumento do imposto.

Ficam livres do aumento de impostos:
- Empresas que são produtoras no Brasil
- Fábricas com no mínimo 65% de conteúdo nacional ou regional (incluindo produção na Argentina)
- Empresas com investimento tecnológico no país
- Empresas que preencheram 6 de 11 requisitos, como realização no Brasil de estampagem, pintura, fabricação de motores, de transmissões (embreagem, câmbio) e injeção de plástico
Essa vai ser a regra geral, mas as empresas que cumprirem algumas exigências não vão sofrer esse aumento. As exigências contemplam as indústrias nacionais.

Por exemplo, continuarão pagando a alíquota antiga do imposto, sem aumento nenhum, as empresas que são produtoras no Brasil.

Também serão favorecidas as fábricas que têm no mínimo 65% de conteúdo nacional ou regional (inclui a produção na Argentina). Também ficam livres do aumento de imposto as empresas que fazem investimento tecnológico no país.

Igualmente ficam livres as empresas que preencherem 6 de 11 requisitos, como realização no Brasil estampagem, pintura, fabricação de motores, de transmissões (embreagem, câmbio) e injeção de plástico.

O governo estima que de 12 a 15 empresas sejam beneficiadas.

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